Fundado em 28 de Setembro de 1998

13 de fevereiro de 2017

A Matemática e a Mona Lisa: Bulent Atalay


Eu gosto da relatividade e das teorias quânticas
porque não as entendo
e elas me fazem sentir como se o espaço se remexesse
tal qual um cisne que não consegue parar,
recusando-se a ficar quieto e ser medido;
e como se os átomos fossem uma coisa impulsiva,
sempre a mudar de ideia.
[poemas - amores perfeitos - D. H. Lawrence]


D. H. Lawrence


"Flexner foi designado o primeiro diretor do IAS (Instituto of Advanced Study), e um de seus projetos iniciais seria tentar recrutar Albert Einstein, já então reconhecido como o mais famoso cientista vivo. Flexner voltou de imediato para Oxford, onde encontrou Einstein "matando o tempo entre um emprego e outro" e lhe ofereceu um cargo na nova instituição. Einstein respondeu que tinha propostas da Universidade de Princeton, da Universidade de Oxford e do Caltech para ingressar em seus corpos docentes, mas que ainda estava indeciso. Acrescentou que tendia mais para Princeton (a primeira instituição acadêmica a ter aceitado a relatividade). "Mas", perguntou Einstein, "eu não precisaria lecionar nessa instituição do senhor?" (Einstein era um professor notoriamente ruim.) Flexner lhe garantiu que não, e Einstein aceitou o emprego. "Quanto o senhor pretende receber?", quis saber Flexner. Einstein, com sua considerável habilidade matemática, respondeu que 3 mil dólares por ano estaria perfeito. "Isso não será possível", retrucou Flexner. "Estamos pagando 16 mil a todo mundo. O senhor deveria receber pelo menos isso. " Einstein reclamou: "Os 3 mil já seriam suficientes". Flexner, com relutância, concordou em pagar apenas aquilo. Mas, felizmente para a família de Einstein, a esposa do cientista renegociou o salário, e Einstein já começou ganhando os 16 mil usuais."



Para veres um mundo num grão de areia
E um céu numa flor do campo,
Segura o infinito na tua mão
E a eternidade por uma hora.

(William Blake)

Lentes gravitacionais

A SINA DO SUCESSO PRECOCE

A idade, claro, é um tremor febril
Que todo físico precisa temer.
Para ele, melhor será estar morto do que vivo
Depois que passar dos trinta.
(Paul Dirac)

Quem não deu sua maior contribuição à Ciência antes dos trinta anos não a dará jamais. (Einstein)

(A música é outro campo em que se manifesta o mesmo padrão; outro é a poesia lírica, ao contrário, por exemplo, da ficção romanesca)




A simplicidade é o último grau de sofisticação. (Leonardo da Vinci)



Embora grande parte da composição tenha sido produzida por Verrocchio, o anjo da esquerda, que segura alguma roupa, foi totalmente pintado por Da Vinci. Alguns autores dizem que o pássaro também pode ser obra dele. Além de Da Vinci, Verrocchio contou com a colaboração de Botticelli para a produção da obra.

Virgem dos Rochedos

Leonardo da Vinci se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta, músico e ainda foi conhecido como o precursor da aviação e da balística... ufa, como se diz: "precisa dizer mais?"


A lemniscata de Bernoulli



Parafuso de Arquimedes
Também chamado de bomba parafuso, sua função é de elevar líquidos. Além de líquidos, também pode servir como ferramenta de elevação de lama, esgotos e até pequenos resíduos sólidos, como grãos.
Seu nome é referência ao seu inventor, o grego Arquimedes, embora existam alguns indícios de que ele já havia sido criado antes. Até hoje, o feito é muito curioso, pois seu funcionamento consiste em nada mais, nada menos do que desafiar a própria gravidade. Com uma peça que, constantemente fica fazendo o movimento do rodear de um parafuso, ao redor de uma espécie de cilindro principal.
Muitas pessoas desconhecerem sua existência e, por conseguinte, sua funcionalidade. Por isso, é importante ressaltarmos sua importância no desenvolvimento de grandes estruturas urbanas. Em metrópoles como a cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o parafuso de Arquimedes é usado para bombar os esgotos até os emissários submarinos.
Em diversos experimentos químicos, ele é aplicado para que algumas etapas mais complexas do processo possam ser realizadas. Por isso, para quem gosta de inventar ou complementar coisas, é interessante saber como funciona este equipamento tão inteligente.
Em indústrias de alimentos, o parafuso de Arquimedes também é muito aproveitado. Sua função no processo de transformação, é de elevar os grãos até a etapa determinada para a produção.
Apesar de sua excelência mecânica, é um item simples e lógico. (fonte)

Falsificadores de Arte são artistas (?!)

Han van Meegeren's Fake Vermeers: Ceia de Emaús


Proporção áureanúmero de ouronúmero áureosecção áureaproporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega \phi (PHI), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de se(c)ção áurea (do latim sectio aurea), razão áurearazão de ouromédia e extrema razão (Euclides)divina proporçãodivina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão ,divisão de extrema razão ou áurea excelência. O número de ouro é ainda frequentemente chamado razão de Phidias.
Desde a Antiguidade, a proporção áurea é usada na arte. É frequente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi \pi), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colmeias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.
Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante. 


Os 2 outros únicos retratos femininos pintados por Leonardo da Vinci (1452-1519)

Ginevra de´ Benci, c. 1474-1478
óleo sobre madeira
National Gallery of Art, Washington, D.C., USA

Dama (Cecília Gallerani) com arminho  - 1491
óleo sobre madeira
Muzeum Czartoryskich (Cracóvia)



Emprestaram-me o livro "A Matemática e a Mona Lisa" para ler. Tenho certa precaução contra a mania que temos de querer ler nas entrelinhas de tudo que existe ao nosso redor, principalmente quando se usa um instrumento poderoso como a matemática para balizar o modo de ver as coisas. Creio que muitas das relações geométricas amostradas não devem ser exatamente a do número áureo, mas próxima dele, e apenas as que assim se relacionam são exibidas. Bem, estou lendo o livro para não alegarem que estou tendo ideias preconcebidas, mas resultado não está sendo diferente do esperado: o autor tentar enquadrar a criação artística dentro de um hipotético a priori matemático e que a consciência deste artifício é que torna o artista genial. Humpf!




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezado leitor, em função da publicação de spams no campo comentários, fomos obrigados a moderá-los. Seu comentário estará visível assim que pudermos lê-lo. Agradecemos a compreensão.