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2 de janeiro de 2019

Revivendo leituras passadas - O homem que amava os cachorros: Leonardo Padura






A picareta que matou Trótsky

Ao desembarcar no porto de Tampico no México, em 1937, a revista americana “Time” publicou: 

“Hoje Trótsky está no México – o país ideal para um assassinato”.


“A alternativa histórica é a seguinte: ou o regime de Stálin é uma recaída detestável no processo de transformação da sociedade burguesa em uma sociedade socialista, ou o regime de Stálin é o primeiro estágio de uma nova sociedade exploradora. Se a segunda hipótese mostrar-se correta, então, logicamente, a burocracia se converterá em uma nova classe exploradora.” (Trotsky)


Robert Sheldon Harte (1915–1940) was an American Communist who worked as one of Leon Trotsky’s assistants and bodyguards in CoyoacánMexico. During the Stalinistattack against Trotsky’s household on May 24, 1940, Harte was abducted and later murdered by the Stalinist agents, among them David Alfaro Siqueiros (accused of the murder). Pablo Neruda is also accused of conspiring in the plot, in helping the latter to escape to Chile. However, Neruda denied this and claimed that he had issued the Chilean visa on the orders of Mexican President Manuel Ávila Camacho. Harte's body (shot in the head) later was found alongside the road to Desierto de los Leones and Trotsky commissioned a plaque and had it placed at the front of the house with the text: "In Memory of Robert Sheldon Harte, 1915–1940, Murdered by Stalin."






A história não terminou!



Premiado na França, na Itália e em Cuba e prestigiado em mais de sete traduções, o thriller O homem que amava os cachorros, de Leonardo Padura, é tema de debate da próxima edição do Clube de Leitura Icaraí. O evento acontece nesta sexta, dia 11 de julho, às 19h, na Livraria Icaraí (Rua Miguel de Frias, 9, em Niterói). A entrada é gratuita.

A história se passa em 2004 e é narrada pelo protagonista Iván, um aspirante a escritor que atua como veterinário em Havana. Ao encontrar com um homem que passeava com seus cães, Iván trava uma conversa na qual ouve relatos que o levam a retomar os últimos anos da vida do revolucionário russo Leon Trotski, seu assassinato e a história de seu algoz, o catalão Ramón Mercader, voluntário das Brigadas Internacionais da Guerra Civil Espanhola e encarregado de executá-lo.
Diante de tal depoimento, o narrador reconstrói as trajetórias do comandante do Exército Vermelho durante a Revolução de Outubro e do responsável por seu assassinato. Os dois percursos ganham sentido quando Iván projeta sobre elas sua própria experiência na Cuba moderna, seu desenvolvimento intelectual e seu relacionamento com “o homem que amava os cachorros”.
Sobre o autor: Leonardo Padura Fuentes nasceu em Havana em 1955. Formado em Letras pela Universidade de Havana, trabalhou como escritor, jornalista e crítico literário até a década de 1990, quando ganhou reconhecimento internacional por uma série de romances policiais estrelando seu mais famoso personagem, o detetive Mario Conde. Mas foi com o romance O homem que amava os cachorros que Padura se consolidou no mundo literário, ganhando prestígio para além do gênero policial.
Publicado em: 10.07.2014

Mulher de Chupicuaro

2 comentários:

  1. O México era o lugar ideal para se assassinar Trótsky quando este lá chegou, em 1937, mas a hora ideal só ocorreu com o término da guerra civil espanhola, quando os stalinistas fugiram da Espanha e migraram para o México em grande número e que também a quarentena imposta a Trótsky por Stalin já se cumprira e este queria se concentrar desta feita na II grande guerra.

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  2. Enquanto o sistema soviético era um coletivismo burocrático, no Brasil, o que vige, é um coletivismo de corruptos.

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