No
ambiente fascista da Itália nos anos 1930, o jovem Lúcio se vê em constante
luta contra sua angústia. Logo, o intelectual italiano passa a se perguntar se
vale a pena viver no desespero ou se é melhor “abraçar” a morte. Todos esses
pensamentos acompanham o personagem principal em 1934, do escritor Alberto
Moravia, que entra em debate no Clube de Leitura Icaraí, no dia 4 de outubro. O
evento acontece das 19h às 21h, na Livraria Icaraí (Rua Miguel de Frias, 9, em
Niterói). A entrada é gratuita.
Romance
- Desacreditado com a vida, o protagonista de 1934 parte em viagem de barco
para a ilha de Capri a fim de terminar de escrever um livro. Dentro da
embarcação ele avista Beate, uma jovem casada com um oficial nazista alemão.
Logo, os dois conectam-se através da desesperança mútua refletida em seus
olhares, algo que fascina ambos. Mesmo sem trocar uma palavra, ao final da
viagem, o italiano já está apaixonado. Beate, então, procura o suicídio a dois
e vê em Lúcio alguém capaz de acompanhá-la.
Ele, por
sua vez, fica obcecado pela jovem, desencadeando uma estranha história, em que
amor e morte surgem como as diferentes faces da mesma moeda. Com um mergulho na
angústia existencial que alimenta o espírito dos personagens, a obra
caracteriza-se por ser um retrato social e político da Europa em pleno
crescimento do nazismo e do fascismo.
Como seres racionais que somos, nossa maior conquista é a compreensão de nosso próprio desespero e a percepção de que a vida é, em última análise, inútil. O nosso triunfo, único e final, é poder escolher a hora da morte, como Sócrates, ao suicidar-se, deixando o cosmo inconsciente e para sempre entregue à sua dança de energias cegas.
ResponderExcluirArca da Irmandade