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29 de outubro de 2012

Soneto de Fidelidade: Vinicius de Moraes




De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.


Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


2 comentários:

  1. Essa é minha poesia favorita de todos os tempos. Uma quimera, mas tão linda e profunda, fiquei feliz em vê-la por aqui.

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  2. Olá,
    Achei essa postagem enquanto procurava conteúdos do VInicius. Bem bacana!
    Abraços,
    Lu Oliveira
    www.luoliveiraoficial.com.br

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