Um
dia, pela força do calor, e quando todos se haviam recolhido para a
sesta, decidiu tomar um banho na ribeira que passava no pomar. Mandou
fechar os portões da propriedade e pediu às servas que fossem a casa
buscar óleos e unguentos. Mas os anciãos tinham ficado dentro do jardim,
e espreitavam-na escondidos no arvoredo. Quando a sentiram sozinha
abordaram-na exigindo que se lhes entregasse logo ali. Como ela
recusasse, os juízes ameaçaram-na de contar ao povo que ela cometera
adultério. Susana desatou em grande alarido e invocou a ajuda a Deus.
Quando os criados acudiram, os perversos anciãos acusaram-na de
atraiçoar seu marido com um jovem. Naquele tempo a lei condenava à morte
a mulher casada que cometesse adultério e dessa forma começou a ser
julgada pelo tribunal. Indignado com toda a injustiça que estava a
acontecer, um jovem chamado Daniel resolveu intervir em ajuda de Susana.
No tribunal pediu que os acusadores fossem interrogados em separado.
Como os detalhes de cada um fossem discordantes, ficou provado que
estavam a mentir e que Susana estava inocente. Foi absolvida e os
infames juízes, por sua vez, condenados à morte. (Resumo de Daniel, 13, 1-64) (extraído do sítio de Nuno Barreto)
Ah, se sempre pudéssemos provar as infâmias, quão melhor seria a vida dos justos.
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